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Autores sobre fotografia




Olá leitores do Blog Zona Vermelha, hoje em mais um texto voltado ao universo da fotografia, resolvi trazer alguns autores que são importantes na discussão do campo teórico da imagem. São eles: Boris Kossoy, Susan Sontag, Roland Barthes e Walter Benjamin.

Existem outros, mas esses nomes são os mais conhecidos e geralmente tratados nos cursos de graduação. Na intenção de ter um primeiro contato com suas trajetórias e linhas de pensamento, vou fazer uma apresentação breve, mas bem-vinda, de cada um deles.

Seguindo a ordem que fiz no início, e também uma hierarquia de dificuldade, vamos iniciar conhecendo Boris Kossoy. De todos os citados, Kossoy é o único que ainda está vivo, ele nasceu em 1941 e é fotógrafo, pesquisador, historiador e professor. Esse autor tem uma visão muito interessante sobre a fotografia na qual a considera por meio de dois estudos: iconográfico e iconológico.

Ele diz que toda fotografia é um resíduo do passado, não substitui a realidade tal como se deu no passado. Por isso, fontes fotográficas prometem frutos na medida em que se tenta sistematizar suas informações, estabelecer metodologias adequadas de pesquisa e análise para a decifração de seus conteúdos e, por consequência, da realidade que os originou.

A autora feminina da lista é Susan Sontag, ela nasceu em 1933 e morreu em 2004 com 71 anos. Foi uma nova-iorquina, professora, escritora, filósofa, cineasta e ensaísta. Suas principais obras giram em torno da fotografia da dor e como nós reagimos a essas cenas de horror: traça um panorama histórico desde as pinturas até a evolução para fotos.

Sontag constrói questionamentos em cima da objetificação que a foto causa, ou seja, a foto transforma aquele sentimento em um objeto e a foto se transforma em arte. Ela aponta que as fotos que retratam sofrimento não deveriam ser belas, assim como as legendas não deveriam pregar moral”.

Roland Barthes segue uma linha parecida na perspectiva de questionar a verdade da foto. Barthes foi um escritor francês, sociólogo, crítico literário e filósofo nascido em 1915. Em sua principal obra, A Câmara Clara, ele aponta que a fotografia ensina sobre detalhes etnológicos melhor que a pintura ou textos, mas para isso é necessário interrogar a evidência da fotografia, não do ponto de vista do prazer, mas do amor e da morte. Nesse sentido ele usa os famosos conceitos de operator, spectator, spectrum, studium e punctum.

E por último, Walter Benjamin foi um judeu alemão associado à Escola de Frankfurt e à Teoria Crítica. Ele era sociólogo, ensaísta, filósofo, crítico e tradutor. Um trabalho seu voltado ao assunto da fotografia é O Narrador. A obra em questão considera que a experiência que passa de pessoa em pessoa é a fonte dos narradores e isso é uma raridade pois cada vez mais as experiências estão deixando de ser comunicáveis.

“Cada manhã recebemos notícias de todo o mundo - e, no entanto, somos pobres em histórias surpreendentes”. A narrativa perde força por ser extraordinária enquanto a informação é plausível e explicada. A informação só tem valor no momento que é nova, já a narrativa conserva-se e depois de muito tempo consegue se reerguer.


Luana Martins

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