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Elizabeth Bathory: a condessa mais sádica da história

 







Em uma escala de 0 a 10, o quanto você se considera vaidoso(a)? Quais limites você seria capaz de ultrapassar para que sua beleza não se fosse com o passar dos anos? O quão disposta está para utilizar de recursos que ajudassem a retardar seu envelhecimento?


Bom, a história real e escandalosa que vou contar a vocês pode mudar sua concepção de “Eu faço tudo por beleza” ou “Beleza é tudo”, uma história baseada em rumores do passado com direito a embrulho no estômago, indignação e uma poderosa protagonista mulher, mas isso não é motivo de orgulho para nosso gênero e você vai entender o porquê. Vem comigo!

Nascida no dia sete de agosto de 1560, Elizabeth tinha sangue nobre e era membro de uma influente e poderosa família da Hungria do século XVI. Extremamente disciplinada e inteligente, a moça dotada de uma beleza sem igual dominava cinco línguas diferentes, herdeira de uma herança absurda quando criança. Elisabeth sofria com convulsões seguidas de mudanças de humor e ataques de raiva, com dez anos ficou noiva do conde Nádasdy de 15 anos, que também vinha de uma família muito influente e rica.

Noiva e cheia de afazeres, Elizabeth se muda para o palácio do noivo a fim de aprender a administrar todas as propriedades imensas dele, nessa época que os rumores acerca da vida da futura condessa começam a surgir, um deles é de que ela havia tido um caso com um camponês, engravidou e foi forçada a se separar da criança. Devido a ordens vindas do conde o menino foi castrado e jogado como alimento para os cães, tudo isso às escondidas, pois ninguém poderia tomar conhecimento de tamanho escândalo.

Quando a moça completa quatorze anos em 1574, eles se casam e como presente de casamento ela ganha do conde um castelo imenso em estilo gótico que ficava bem afastado. Depois de casados, o casal mal se viam, pois, o conde era apaixonado pela guerra e em todas as ocasiões possíveis ele estava participando ativamente dos conflitos, foi apelidado de “Cavalheiro Negro” por ter uma reputação cruel e desumana. O casal demorou dez anos para ter seu primeiro filho.

A fortuna de ambos era tão abundante, que até o Rei da Hungria fazia empréstimos com o casal para financiar suas participações na guerra. Essa dependência real, fez com que a condessa se sentisse intocável e acima das leis, enquanto o conde matava pessoas na guerra, Elizabeth torturava, punia e matava centenas de camponesas que ela comandava, e quando lhe perguntavam acerca do paradeiro das moças ela dava desculpas que haviam morrido de cólera ou qualquer outra causa desconhecida. O casal quando juntos, cometiam diversas torturas nas quais o conde contribuía com novos ensinamentos e instrumentos de tortura para a condessa. Seria o casal Bonnie e Clyde da nobreza?

Em 1604, o conde adoeceu e logo faleceu. Viúva com 44 anos e solitária, a condessa se tornava cada vez mais violenta, insaciável e obcecada por matar e torturar jovens garotas. Ela espancava, cortava os dedos e rasgava os rostos das garotas e as levavam para suas câmaras de tortura e lá com seu grupo de quatro pessoas cometiam as maiores atrocidades. Nas paredes de seu castelo havia sangue pelas paredes, marcando uma história escandalosa de tortura e horror da nobreza.

Muito se pergunta sobre os motivos que levaram a condessa a cometer tamanha barbárie, por se tratar de um caso antigo e não se ter muita informação concreta a teoria mais famosa é que a jovem moça bela e obcecada pela beleza, sentia pavor em envelhecer e descobriu uma alternativa de retardar seu envelhecimento e prevenir sua beleza, a condessa então arrancava todo sangue possível de suas jovens vítimas e enchia sua banheira de sangue novo, virgem e camponês, imersa naquelas “águas” milagrosas a condessa repetia seu ritual diariamente às 04:00h da manhã, às escondidas, e preservava sua beleza. Essa teoria nunca foi confirmada por nenhum de seus fiéis criados.

Em 1609, uma das fiéis ajudantes de Elizabeth faleceu, Ana, (a suposta amante da condessa). Nessa mesma época, Beth começa a passar por crises financeiras, ela morava sozinha em seu imenso castelo já que os filhos haviam se casado e formado suas próprias famílias. Se sentindo sozinha Elizabeth saía à caça de suas próximas vítimas, ela dizia precisar de novas empregadas, os pais já atentos aos rumores começaram a esconder suas filhas das garras perigosas da senhora sangrenta.

Reza a lenda que a bruxa da floresta e ajudante da condessa, alertou a mulher de que o sangue camponês não estava mais surtindo efeito e sugeriu que a senhora optasse por usar o sangue nobre, e então Elizabeth fundou uma escola de formação para jovens meninas da nobreza. As taxas eram altas, o'que ajudou nas finanças e de quebra a condessa tinha a seu dispor um banquete de jovens moças nobres, prestes a irem para o abate.

Descontrolada e fora de si, Elizabeth matou todas as jovens e quando os pais ricos e preocupados foram saber de suas filhas, a condessa contou a história de que uma das moças apresentava um comportamento de ciúmes doentio, desse modo matou todas as meninas e logo após se suicidou.

Aquela história não colou para os pais, que fizeram uma pressão em cima do rei para terem justiça e só então em 1610 foi ordenado por sua alteza real que a condessa fosse investigada. Nas investigações, em conversas com várias pessoas, foi confirmado um rumor inicial de que a condessa havia assassinado mais de 175 meninas.

O investigador do caso, que era melhor amigo do falecido marido da condessa, decide então invadir o castelo, já na entrada se depara com o corpo de uma jovem mutilada, logo após encontram pelo castelo duas moças escondidas agonizando pela vida, e então ouvem gritos, seguindo aquele som que ecoava dor eles chegaram até uma das câmaras de tortura e pegam o grupo em flagrante e a condessa é presa.

Não se sabe ao certo quantas meninas foram mortas pela mãos vaidosas e insaciáveis da condessa e seu grupo, os números variam de 175 a 650 jovens. Seus ajudantes foram sentenciados à morte, exceto um que colaborou em dar informações e disse ser obrigado a participar daquelas atividades, foi poupado e sentenciado à prisão perpétua.

Já Elizabeth, nunca foi levada a julgamento, pois o investigador do caso havia prometido ainda em vida ao conde que cuidaria da condessa. O investigador escreveu uma carta aos filhos dela contando do acontecido, e eles decidem fazer um acordo no qual a investigação poderia continuar e a condessa poderia ser trancafiada, mas nunca levada a julgamento, pois isso traria um escândalo enorme e mancharia o nome da família Bathory para sempre.

A obcecada, maldosa e maluca condessa Elizabeth Bathory foi sentenciada à prisão perpétua dentro de seu próprio castelo, onde faleceu em 21 de Agosto de 1614 de causas desconhecidas, seu corpo foi levado a cripta dos Bathory que foi aberta em 1995, e que misteriosamente os restos mortais da condessa não se encontravam lá.

Há quem ainda acredite na inocência de Elizabeth, que nunca confessou nenhum de seus crimes e culpava seus criados pelas torturas, e defendem a ideia de que tudo isso foi um plano arquitetado pelo Rei para se livrar de uma mulher extremamente poderosa e resistente, comportamento no qual ele não se sentia confortável.

E aí, você também acredita que Elizabeth é inocente? Ou acha que ela foi uma das primeiras serial killers feminina da nossa história?





Gabriela Ukracheski


Comentários

  1. Perfeitamente incrível 👏👏👏

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  2. Acredito na inocência de Elizabeth Bathory, a nobreza tinha todos os motivos pra condena-la a prisão além de que a historia é escrita pelos vencedores...Se ela não fosse inocente a historia é muito imparcial.

    Um texto muito agradável de se ler, parabéns

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  3. Texto incrível, intrigante e assustador. Como pôde ter existido uma pessoa que faça literalmente tudo por beleza?! Ou, será que existe alguém próximo a isso nos dias atuais?! Quem medo!

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