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Mulher Maravilha: Conheça um pouco mais sobre o ícone




Retomando o assunto em relação à trajetória da Mulher Maravilha nos quadrinhos, que você pode ver clicando aqui. Neste texto falaremos sobre as adaptações dela para a TV e o cinema, incluindo o universo estendido DC.

Em 1974 a ABC e a Warner Brothers produziram um filme para a televisão chamado Wonder Woman, que não caiu nas graças do público e decepcionou os fãs. Isso porque escalaram a ex-tenista Cathy Lee Crosby que era loira e vestia um uniforme totalmente diferente dos quadrinhos. Adaptaram as histórias da Era de Prata em que Diana não tinha os poderes e combatia o crime através dos conhecimentos de artes marciais. Perdendo a essência da Mulher Maravilha, a produção foi cancelada no piloto.

No entanto, o sucesso veio no ano seguinte na série protagonizada por Lynda Carter, que se tornou um ícone. A série teve três temporadas, sendo a primeira se passando na Segunda Guerra Mundial e a duas últimas se passam nos anos 70. A fidelidade com as histórias originais agradaram muito e é lembrada até hoje, sendo inspiração para que a atual Mulher Maravilha, Gal Gadot, pudesse compor a sua personagem.



Universo Estendido DC


Muitas foram as tentativas de trazer Diana Prince de volta às telas. Ela teve algumas aparições em séries como Smalville e The Flash, entretanto, foi em 2016 que ela realmente voltou, com o Universo Estendido DC nos cinemas.

Batman vs. Superman: A Origem da Justiça - 2016




A atriz Gal Gadot já havia sido confirmada como a Diana Prince em 2014, muitos fãs torceram o nariz dizendo que ela não seria adequada para o papel devido ao seu corpo, etc. (Aliás se quiserem um vídeo sobre a Gal eu adoraria fazer, é só pedir).

Os fãs estavam errados, e a Mulher Maravilha roubou a cena no filme (sinceramente eu só lembro dela no longa), deixando todo mundo ansioso pelo filme solo.


Mulher Maravilha- 2017 




Um dos poucos filmes desse universo estendido que não deixa nada a desejar. Obteve uma bilheteria de mais de 220 milhões de dólares, se tornando a maior bilheteria de um filme dirigido por uma mulher.

O enredo remonta a origem da princesa Diana, em Themyscira, e sua ida ao mundo dos homens para enfrentar o deus da guerra, Ares, que é quem ela acredita ser o causador do conflito que Steve relatou às amazonas, que no caso seria a Primeira Guerra Mundial.

Um filme redondinho e bem gostoso de assistir. A Gal Gadot, apesar de não ser uma atriz excepcional, tem muito carisma. Ela e o seu parceiro, Chris Pine, têm muita química. Se você ainda não assistiu, só digo que vai valer a pena.


Liga da Justiça - 2017




Infelizmente não se pode dizer o mesmo de Liga da Justiça. A saída do diretor Zack Snyder na pós-produção, o Joss Whedon assumindo a direção e o roteiro no meio da produção, reescrevendo cenas e refilmando-as e fatídico bigode do Henry Cavill, que não foi trabalhado direito na pós-produção, foram algumas das causas do resultado ter sido a maior decepção desde Lanterna Verde.

Zack Snyder vem trabalhando na sua própria versão de Liga da Justiça, que segundo ele, foi completamente alterada quando Joss Whedon assumiu. Snyder está fazendo com que o hype cresça cada vez mais, no entanto, é difícil de acreditar que o resultado será muito melhor do que o que foi apresentado em 2017.


Mulher Maravilha 1984 - 2020




Se passa nos anos 80 com Diana Prince combatendo o crime com compaixão e empatia e tendo que enfrentar dois novos inimigos.

Tenho que dizer que o público foi bem injusto com o filme. O roteiro tem alguns problemas de desenvolvimento, uma certa previsibilidade e errou em colocar dois antagonistas muito fortes ao mesmo tempo. Porém, a forma como atacam o longa é bizarramente exagerada, e sem motivo.

O caso se assemelha com os filmes solos da Capitã Marvel e da Arlequina, que foram rechaçados pelos fãs e que são filmes bons, não são um Centopéia Humana ou The Room para tanto.

Nos três casos percebe-se que o problema não são os filmes. O nome certo é machismo.

Inclusive a produção aponta muito essa questão, trazendo homens que assediam as mulheres o tempo inteiro. Patty Jenkins usou essa situação como uma forma de mostrar o incômodo que assédio contra as mulheres causa.

De resto a ambientação dos anos 80 é bacana, além da mensagem acerca do consumismo e ambição. Além de paz, amor e empatia que combina bastante com o caráter de Diana.

Mulher Maravilha 1984 tem seus erros e acertos, entretanto, os erros não se sobrepõem aos acertos da maneira que vemos nos inúmeros fóruns na internet.



Passando dos desabafos e críticas, falaremos agora um pouco sobre o que a Mulher Maravilha usa para combater o crime, e sobre o que ela é capaz de fazer.

Como eu contei no último vídeo ficou estabelecido então que ela é uma semideusa, e não um ser abençoado pelos deuses gregos, assim por ser uma semideusa ela possui os seguintes poderes:


  • Super-força: os músculos evidenciados nas ilustrações dos anos 70 até os dias atuais não deixam dúvida de que Diana pode destruir um prédio ou erguer um tanque de guerra facilmente com as próprias mãos (como vimos no filme de 2017, estrelado por Gal Gadot).
  • Agilidade: além de conseguir atingir a velocidade da luz, ela possui reflexos sobre-humanos, equilíbrio, alta coordenação motora e destreza.
  • Resistência e regeneração: durante os quadrinhos ela provou ser invulnerável a quase tudo. Desde temperaturas extremas, armamentos pesados até a radiação. Sinusite? Jamais. O sistema imunológico é tão forte que a torna ilesa de qualquer doença ou toxina. Infere-se que ela só pode ser fatalmente ferida por armas divinas. O que nos leva à regeneração, em que ela pode se curar de quase tudo e com uma rapidez impressionante e poder viver séculos sem envelhecer um dia sequer.
  • Sentidos aprimorados: os cinco sentidos são aprimorados. Podendo enxergar a longas distâncias, na escuridão e através de ilusões e nunca errar seus alvos.

  • Sabedoria: dádiva concedida por Atena na primeira origem da Mulher Maravilha. Grande estrategista, lógica, pode resolver problemas muito facilmente, pode se comunicar com qualquer animal ou em qualquer idioma conhecido pelo homem, até mesmo os já extintos; seu carisma, diplomacia e poder de comunicação a fazem uma líder nata, sendo até uma das fundadoras da Liga da Justiça.
  • Sedução: sua beleza excepcional é capaz de seduzir qualquer um que quiser. Os supracitados carisma e sabedoria, juntamente com o charme auxiliam em sua alta capacidade de persuasão.
  • Voo: foram muitas as versões de voo para a Diana. Por muito tempo ela não era capaz de voar, e sim, planar nas correntes de ar e cair de grandes sem se machucar e pular de edifícios em edifícios. Atualmente essa habilidade foi substituída pela capacidade de voo propriamente dita.

A Mulher Maravilha tem muitos outros poderes como: telepatia, projeção astral, teletransporte interdimensional, controle mental da energia em seu corpo e projeção vocal.




Mesmo sendo super poderosa, a princesa Diana se utiliza do seu vasto arsenal. Os principais são:
  1. Laço da verdade: tem o poder de revelar a verdade e obrigar os mentirosos a dizê-la. É inquebrável e muda de comprimento conforme a necessidade.
  2. Armadura: substituindo as roupas, a armadura lembra as vestimentas de combate das amazonas.
  3. Braceletes da Vitória: ele tem outros nomes, porém eu escolhi este. Diana os usa para desviar projéteis, explosões de energia e eletricidade. Nos Novos 52 os braceletes têm a função de conter toda a energia divina dentro dela.
  4. Tiara Real: em um primeiro momento parece estar ali somente para indicar a sua posição de princesa das amazonas. Entretanto, a tiara é um boomerang super afiado.
  5. Jato invisível: o famoso meio de locomoção da Mulher Maravilha que sempre dá as caras nas histórias, mesmo que ela tenha saiba voar.
Existem muitos outros elementos que ela utiliza como a espada God Killer, o escudo, arco e flecha.


A Mulher Maravilha é uma grande inspiração quando falamos de empoderamento e representatividade. Até ela sofreu com o machismo durante esses 80 anos de existência. Desde seus primórdios, representando as mulheres que começavam a sair de casa para trabalhar, e o início do movimento sufragista até a atualidade com seus filmes e HQ’s trazendo a constante luta contra o patriarcado. Que ela continue a nos inspirar, pois a nossa batalha ainda não acabou.

Isabela Andrade

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